- Meu doce, meu bem, por favor,
Vamos... vamos fazer amor?
- Não meu benzinho, eu lamento,
Mas só depois do casamento.
-Você não nota que não dá?
Para eu agüentar até lá?
- A vontade não é só minha:
Prometi para a mamãezinha.
-Isso até parece piada...
Pena que não é engraçada!
-Verdade amor, e di go mais:
Jurei casar virgem aos meus pais.
- Só que não vejo nenhum nexo
Nessa idade viver sem sexo!
- Lembre: perder a castidade
É um passo para a maternidade.
- Isso não chega a ser motivo:
Vamos usar preservativo!
- Não! Sei que é legal, mas não quero.
Não tenho pressa e espero.
- Não queira me levar a mal...
Mas sexo é fundamental!
- Esse papo está deprimente.
Já disse que não! Não me tente!
- Por que não devemos fazer
Algo que só nos dará prazer?
- Você sabe que eu gostaria,
Só que em outra hora, em outro dia!
- Afinal, se você me ama,
Que mal há em irmos pra cama?
- Já disse que não! Que não dá!
Depois do casamento, tá?
- Nem um motivo eu vejo
Prá desperdiçar o desejo.
- Não faço! Não quero! Desista!
Vamos casar, seja otimista...
- Só que eu não entendo.
O que está acontecendo?
- Benzinho... Não posso fazer...
Tente ao menos... me compreender...
- Mas não vejo motivo válido...
Credo! Como você está pálido!
- Confesso: não tenho ereção!
Entende agora a situação?!
- Assim não há santo que agüente!
Três horas cantando um impotente!!!
* Essa é da metade da década de 80. Redescobrir esse diálogo feito por Cláudia F. Mayer nas minhas pastas antigas.
confesso que achei engraçado.
ResponderExcluirBem bolado!
Esse poema fez parte de um recital apresentado em um teatro de Porto Alegre, do qual participei. Tempos bons aqueles...
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