O
relógio na minha parede empareda
em mim o tempo pra
que eu dele não me perca. O elo-eu perdido
no tempo tal qual-quer, sereno.
O
relógio na minha parede não
tem pressa, indo, vindo na
pressão me tem preso no
tempo que envelhece meus sonhos idos(os).
O
relógio na minha parede vai
atrás do tempo, errante.
Pendular
meia-lua de
tempos em tempos, minguante.
Crescente
balança cheia, inteiramente nova.
O
relógio na minha parede é cravo do
tempo cravado em ciclos.
Roda
do tempo rodado.
Sérgio
Janma, 15.11.2016.