"Leia como quem beija, beije como quem escreve"
(Maxwell F. Dantas)

terça-feira, 15 de novembro de 2016

(E)TERNO

O relógio na minha parede empareda em mim o tempo pra que eu dele não me perca. O elo-eu perdido no tempo tal qual-quer, sereno.

O relógio na minha parede não tem pressa, indo, vindo na pressão me tem preso no tempo que envelhece meus sonhos idos(os).

O relógio na minha parede vai atrás do tempo, errante.
Pendular meia-lua de tempos em tempos, minguante.
Crescente balança cheia, inteiramente nova.

O relógio na minha parede é cravo do tempo cravado em ciclos.
Roda do tempo rodado.

Sérgio Janma, 15.11.2016.







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